Como todos os grandes José Saramago tinha quem o adorasse e quem o odiasse.
Parece trivial, mas não é! É mesmo difícil ser odiado com a mesma intensidade com que se é adorado/amado.
Como diz alguém, "...eu sei do que estou a falar..."
Mas a verdade é que ele era. Amado por uns, odiado por outros.
Neste país, geograficamente, socialmente/culturalmente, minúsculo, ouvem-se sempre mais as vozes de burro, que mesmo não chegando ao céu incomodam imenso...e parecem vozes alimentadas a pilhas daquelas, como as do coelhito, que duram, duram...
Saiu do país devido a uma posição com que se viu confrontado, e se o prejudicava pessoalmente, na minha forma de ver, prejudicou ainda mais Portugal e aqueles que acreditavam que o 25 de Abril tinha terminado com a estupidez e imbecilidade nacional daqueles que supostamente deviam abrir fronteiras para alargar um espaço tão ridículamente pequeno como é (também) o da nossa cultura.
Em Espanha encontrou o "sossego", o "canto" que procurava. No Brasil tinha um apoio incondicional, por cá...
Não é de estranhar que aquando da sua morte, os espanhóis quisessem atirar o laço e dizê-lo deles..."português ibérico", foi, para não chocar, simpático da sua parte...
Afinal esta coisa do nascer por cá, mudar de país e triunfar/ser reconhecido, está no sangue luso! No Brasil, apenas um exemplo, se alguém disser que a Cármen Miranda é portuguesa é imediatamente olhado de uma forma suspeita: "Ou é tonto ou inculto", logo se pensa. Mas é! Do Marco de Canaveses! Mas ninguém ousa afirma-lo muito alto por cá!
Um dos livros mais vendidos de Saramago, mais apreciado mundialmente foi o motivo da sua partida. O motivo "inventado" por um qualquer intelectual de alcofa, de um governo pouco ligado a estas coisas da cultura, considerou o mesmo livro como sendo "...de pouca qualidade..."!!
Até para ser burro é preciso ter alguma "embalagem"...não é?
Como é hábito, agora que faleceu, todos dizem o melhor possível, até o (na altura) 1º ministro do tal governo, diz isto e aquilo...e também como sempre todos tentam tirar para si um bocadinho.
É este país no seu melhor!
O melhor mesmo é voltar a ler o Evangelho...do Saramago!
Parece trivial, mas não é! É mesmo difícil ser odiado com a mesma intensidade com que se é adorado/amado.
Como diz alguém, "...eu sei do que estou a falar..."
Mas a verdade é que ele era. Amado por uns, odiado por outros.
Neste país, geograficamente, socialmente/culturalmente, minúsculo, ouvem-se sempre mais as vozes de burro, que mesmo não chegando ao céu incomodam imenso...e parecem vozes alimentadas a pilhas daquelas, como as do coelhito, que duram, duram...
Saiu do país devido a uma posição com que se viu confrontado, e se o prejudicava pessoalmente, na minha forma de ver, prejudicou ainda mais Portugal e aqueles que acreditavam que o 25 de Abril tinha terminado com a estupidez e imbecilidade nacional daqueles que supostamente deviam abrir fronteiras para alargar um espaço tão ridículamente pequeno como é (também) o da nossa cultura.
Em Espanha encontrou o "sossego", o "canto" que procurava. No Brasil tinha um apoio incondicional, por cá...
Não é de estranhar que aquando da sua morte, os espanhóis quisessem atirar o laço e dizê-lo deles..."português ibérico", foi, para não chocar, simpático da sua parte...
Afinal esta coisa do nascer por cá, mudar de país e triunfar/ser reconhecido, está no sangue luso! No Brasil, apenas um exemplo, se alguém disser que a Cármen Miranda é portuguesa é imediatamente olhado de uma forma suspeita: "Ou é tonto ou inculto", logo se pensa. Mas é! Do Marco de Canaveses! Mas ninguém ousa afirma-lo muito alto por cá!
Um dos livros mais vendidos de Saramago, mais apreciado mundialmente foi o motivo da sua partida. O motivo "inventado" por um qualquer intelectual de alcofa, de um governo pouco ligado a estas coisas da cultura, considerou o mesmo livro como sendo "...de pouca qualidade..."!!
Até para ser burro é preciso ter alguma "embalagem"...não é?
Como é hábito, agora que faleceu, todos dizem o melhor possível, até o (na altura) 1º ministro do tal governo, diz isto e aquilo...e também como sempre todos tentam tirar para si um bocadinho.
É este país no seu melhor!
O melhor mesmo é voltar a ler o Evangelho...do Saramago!
